Seguro residencial: o que é, como funciona, vale a pena?

Quando vamos viajar para um lugar quente, levamos ao menos uma blusa de frio para o caso de o tempo mudar, e no dia a dia temos sempre um comprimido à mão, para o caso daquela dor de cabeça inesperada aparecer. Temos uma tendência a nos preocupar com imprevistos que seriam facilmente resolvidos e a esquecer que outros eventos inesperados, de maior proporção e valor, podem ocorrer. Incêndios, explosões e raios infelizmente podem atingir o lugar onde você mora e causar sérios danos, por isso existe o seguro residencial.

O seguro residencial funciona de forma parecida com o seguro de automóveis: o contratante paga um valor à seguradora e esta se compromete a reparar ou substituir o imóvel, dentro das cláusulas combinadas entre ambas as partes, em determinadas situações. É importante ressaltar que a legislação brasileira não permite que o cliente contrate os serviços da seguradora diretamente; os seguros devem ser intermediados por uma corretora de seguros. Sempre confira se a corretora é habilitada para isso, qual a reputação da seguradora e se ela é autorizada pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

O que é o seguro residencial

O seguro residencial é a garantia de que um imóvel será reparado ou substituído caso ocorra algum acidente (chamado de sinistro). É firmado a partir de um documento que formaliza a contratação (chamado de apólice), onde ficam declaradas as regras, proteções previstas, riscos, condições de cobertura, valor a ser pago pelo cliente (chamado de prêmio), prazo de validade e indenização. 

Preços

Aqui no Brasil, o seguro residencial não é tão popular quanto o seguro de automóveis, provavelmente por uma questão cultural e pelo preço que as pessoas imaginam que um seguro residencial tem. Quando a pessoa analisa que um carro de R$ 50 mil possui um seguro por volta de R$ 2 mil, automaticamente pensa que o seguro residencial seguirá a mesma proporção, mas, na verdade, o valor é bem mais baixo.

Cada seguradora define no escopo da apólice o preço do seguro, de acordo com alguns fatores, como tipo de imóvel (casa ou apartamento), os bens que estão dentro dele, a localização, o preço do metro quadrado da construção, o índice de violência e a incidência de eventos climáticos, como chuvas e ventos fortes.

Tipos de seguros residenciais

O seguro pode cobrir apenas o prédio (a construção), apenas o conteúdo de dentro da casa (os bens) ou ambos. De forma geral, existem dois tipos de seguros residenciais:

  • Cobertura básica: é o seguro mais simples e cobre incêndios, queda de raios ou explosões. Esse é recomendado para todos, inclusive aqui na Arbix, porque esses imprevistos infelizmente são comuns.
  • Cobertura adicional: os adicionais variam de uma seguradora para outra, mas, em geral, podem cobrir roubo de bens (com exceção de dinheiro, joias, obras de arte e valores em geral), danos elétricos, alagamento, vendaval (inclui ciclone, tornado e granizo); impacto de veículos terrestres; quebra de vidros, mármores e granitos; ruptura ou vazamento de tubulações; etc. A responsabilidade civil familiar pode ser incluída na apólice da maioria das seguradoras e cobre danos causados a terceiros, como no caso de alguém da sua família prejudicar o vizinho, este te processar e você precisar pagar uma indenização. Quem pagaria o valor da indenização seria a seguradora.

Algumas seguradoras oferecem assistência especializada 24 horas por dia, disponibilizando ao cliente o serviço de profissionais como encanador, eletricista e chaveiro já incluso no contrato. Fica definido também em contrato a quantidade de reparos que o cliente pode usufruir.

E quem mora em condomínio?

Quem mora em condomínio paga, obrigatoriamente, um valor pelo seguro do condomínio, dividido entre os moradores. Porém, este seguro cobre apenas os sinistros acontecidos nas áreas comuns do prédio. Isso significa que cada morador precisa pagar um seguro residencial referente ao seu próprio apartamento ou casa se quiser assegurá-lo.

Vale a pena contratar o seguro residencial?

Conforme comentamos acima, a cobertura básica é recomendada para todos que moram em imóveis próprios ou locados, pois se compararmos o valor de um seguro residencial com o valor de um mínimo reparo particular na construção, os reparos geralmente ficam bem mais caros. A tranquilidade de saber que um bem tão precioso como a casa ou apartamento estará lá para você, mesmo se algum imprevisto acontecer, já vale a pena.

Quanto à cobertura adicional, a necessidade varia de acordo com cada caso: se a pessoa mora sozinha, se a casa fica vazia por muito tempo, se a pessoa trabalha como home office (portanto, seu item de trabalho está dentro de casa), se a região tem muitos roubos e furtos ou se o bairro sofre frequentemente com desastres naturais, considere sim incluir mais proteções na apólice. Pesquise sempre as seguradoras e corretoras para ter certeza de que está contratando uma empresa competente e honesta para que seu seguro residencial cause alívio e não mais problemas.

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